Nas artes cênicas, atuou em grandes espetáculos tais como: “O Círculo de Giz Caucasiano” de Bertold Brecht - “O Homem Imortal” de Luiz Alberto de Abreu – “Rei Lear e Comédia dos erros” de W. Shakespeare, entre outros. Participou de produções teatrais nas peças: “A Família Addms” de Cássia Barros e “O Presidente exige mais bonecos” de Kadu Pinheiro e renomados festivais de teatro como “Isnard Azevedo” em Florianópolis.

Fez grandes cenários para Cia de Dança “Jaime Arouxa” e curtas para cinema, entre eles: “Por dentro de uma gota d’água” de Felipe Bragança e Marina Meliande, onde fez cenografia com Clara Meliande e Gustavo Bragança; - “Crianças” de Pedro Modesto e “Um dia, Um Jardim” de Mônica Brito. Como design, fez um belíssimo troféu para premiação de melhores atores teatrais no ano de 2001.

11 setembro 2013

Embaixador dos EUA no Brasil deixa o posto

Thomas Shannon será assessor especial do secretário de Estado americano, John Kerry

REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA BRASIL

Após três anos e meio em Brasília, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, deixará na sexta-feira (6) o posto. A saída, anunciada há três meses, ocorre no momento em que os Estados Unidos são cobrados pelo governo brasileiro por informações detalhadas sobre as denúncias de espionagem a dados pessoais da presidente Dilma Rousseff, de assessores e cidadãos do país.
Em substituição a Shannon, assumirá o posto Liliana Ayalde, que antes serviu no Paraguai. A diplomata chega ao Brasil no dia 15. Shannon segue para os Estados Unidos, onde será assessor especial do secretário de Estado (o equivalente a chanceler) John Kerry.
Embaixador no Brasil desde fevereiro de 2009, nos últimos dias Shannon foi convocado por duas vezes ao Ministério das Relações Exteriores para prestar explicações sobre as denúncias de espionagem, por agências americanas, às comunicações internas do Brasil. Na semana passada, o embaixador passou cerca de uma hora com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado.

Correios estudam criar e-mail gratuito e criptografado

Na conversa, Figueiredo cobrou explicações “formais e por escrito” até o fim desta semana. “Convoquei o embaixador dos Estados Unidos ao meu gabinete e disse a ele da indignação do governo brasileiro pelos fatos que constam dos documentos revelados, das violações de correspondências da senhora presidenta”, disse o ministro brasileiro. Na reunião com Shannon, Figueiredo falou ainda que as suspeitas sobre o Brasil envolvendo riscos à democracia e à solidez do Estado são inadmissíveis. “O Brasil é um país democrático, um Estado sólido, em uma região democrática e sólida, que busca a convivência com seus parceiros de forma amistosa. Não se pode admitir nem em sonho que é um país de risco ou problemático”, disse.
O governo brasileiro classificou o episódio como inadmissível e inaceitável, expressões usadas tanto por Figueiredo quanto pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. As denúncias colocam em risco ainda a possibilidade de viagem de Dilma, com honras de chefe de Estado, aos Estados Unidos, em 23 de outubro.
Nesta quinta-feira (5), foi divulgado que a viagem do grupo que prepararia a visita da presidente aos Estados Unidos foi cancelada.

Espionagem americana

Nos últimos meses, o ex-técnico americano Edward Snowden, que trabalhou para a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), tornou público que o governo americano havia desenvolvido o maior programa de monitoramento em massa de comunicações de que se tem conhecimento no mundo. Com a colaboração do jornalista americano Glenn Greenwald, a quem Snowden repassou os documentos sigilosos, no final de julho, ÉPOCA revelou com exclusividade arquivos que mostram que a NSA espionou oito membros do Conselho de Segurança da ONU, no caso das sanções contra o Irã, em 2010. Em seguida, ÉPOCA teve acesso a uma carta ultrassecreta em que o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon Jr., agradece o diretor da NSA, general Keith Alexander, pelas “excepcionais” informações obtidas numa ação de vigilância de outros países do continente, antes e depois da 5ª Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, em abril de 2009. Shannon celebra, no documento, como o trabalho da NSA permitiu que os EUA tivessem conhecimento do que fariam na reunião os representantes de outros países. Em entrevista a ÉPOCA, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que manter dados em segredo faz parte do jogo diplomático, mas que a espionagem em negociações pode configurar uma forma de fraudá-las. "Estamos diante de um escândalo de proporções globais."

Nenhum comentário:

Postar um comentário