Nas artes cênicas, atuou em grandes espetáculos tais como: “O Círculo de Giz Caucasiano” de Bertold Brecht - “O Homem Imortal” de Luiz Alberto de Abreu – “Rei Lear e Comédia dos erros” de W. Shakespeare, entre outros. Participou de produções teatrais nas peças: “A Família Addms” de Cássia Barros e “O Presidente exige mais bonecos” de Kadu Pinheiro e renomados festivais de teatro como “Isnard Azevedo” em Florianópolis.

Fez grandes cenários para Cia de Dança “Jaime Arouxa” e curtas para cinema, entre eles: “Por dentro de uma gota d’água” de Felipe Bragança e Marina Meliande, onde fez cenografia com Clara Meliande e Gustavo Bragança; - “Crianças” de Pedro Modesto e “Um dia, Um Jardim” de Mônica Brito. Como design, fez um belíssimo troféu para premiação de melhores atores teatrais no ano de 2001.

07 março 2015

A Vergonha de um País!

Não sou jornalista. Não sou blogueiro profissional e nem vivo disso. Criei este blog apenas para expor minhas ideias e pensamentos sobre vários temas que me são cotidianos. De forma que posso aqui contradizer uns e outros não. Mas quero que entendam ao ler minhas palavras, que se trata apenas de um desabafo de um cidadão acima de tudo brasileiro e que está cansado de ler e reler assuntos que pra grande maioria da população deveria ser tratado como um tema pré-histórico.


Há muito tempo ouço dizer que nosso país deveria figurar como “primeiro mundo”. Na minha ignorância política tempos atrás, ficava a imaginar o que faltava para tal feito. Nosso país tem tudo para figurar entre os maiores, não só pela nossa riqueza e capacidade de gerar empreendimentos; mas porque somos capazes sim de estar lá. Daí pensei: Mas o que falta? Em minha mente logo veio essa palavra (Caráter Político).



Desde a época da era Collor, quando fui pra rua fazer parte de uma massa de pessoas motivadas por uma crise que chegou ao seu ápice, com inflação batendo a 50% ao mês. Comprava um quilo de feijão de manhã e a tarde o preço já era outro. Quem ia à padaria buscar um pão pela manhã, a tarde levava um susto, pois o valor já era outro. Quem viveu sabe disso

Nessa época era um moleque sem conhecimento político que agia mais por impulso e motivação emocional do que qualquer outra coisa. Estava lá brigando por uma causa que não entendia bulhufas, Só sabia que meu país estava em um caos e que aquilo se refletia no meu dia-a-dia, e como a grande maioria foi pra ruas quis também dar minha contribuição. Hoje a situação não é igual à de Collor, mas pior. Collor perto desse escândalo é fichinha, um amador. Escândalo que deixa os países desenvolvidos de boca aberta. Não estou dizendo que não há falcatruas nesses países, mas na minha ignorância posso dizer que nunca nessa proporção. Creio que se isso fosse possível ser registrado no Guinnes, seriamos a vergonha mundial.

Hoje já mais experiente com a vida; e com certo entendimento político, me sinto envergonhado e ao mesmo tempo indignado. Primeiro vou questionar a nação e eu me incluo nela, não que cometo tal ato, mas estou aqui dentro desse navio chamado Brasil; e faço parte das exceções. Minha linha de pensamento é a seguinte. Um povo legitimado tem que saber cobrar seus direitos, mas também tem que saber se comportar perante a sociedade. Acho um absurdo se criar uma lei para multar quem joga papel na rua (lixo no geral). Não é conduta de quem quer um país figurando entre os do primeiro mundo. Penso que nossa sociedade tem que passar por uma avaliação pessoal, cada um examine a si mesmo e veja onde tem que mudar e mude. Só essa atitude já terá um impacto enorme na sociedade como um todo. Porque cito isso. Porque tenho conhecimento andando por esse Brasil, de pessoas que trocaram seu voto por um saco de cimento, por um metro de areia. E sabemos que existe mesmo e que isso não é nenhuma fabula, deveria ser, mas não é. Como pode depois de eleger pessoas assim nessa condição e mais a frente por um ato falho desse político, essa pessoa querer tirá-lo do lugar que ela mesma ajudou erradamente, como se correta fosse. Esse tipo de pensamento tem que ser banido da mente dessas pessoas para que se construa um país melhor. Quando cada cidadão reconhecer seu valor e for sabedor de que um político só chega lá por sua causa, por nossa causa, então seu voto será muito bem usado, pois saberá avaliar cada político para só assim dar seu credito pessoal de confiança. Isso é exercer cidadania limpa e transparente. A mudança tem de começar em nós primeiro.

Penso também que cada cidadão deveria por mais chato que seja saber um pouco mais sobre política; saber se aquele que mereceu seu voto faz um bom trabalho. Temos o hábito de se importar com isso somente em vésperas de eleições. Fato curioso é que nessas épocas, aquele que odeia política, de repente se torna doutor dela e quer estar em pauta nas discussões com amigos, mesmo sem estar envolvido. Conheço muitos assim.

Nosso país me perdoe o que vou falar, tem o habito do jeitinho. Quase tudo é na base do jeitinho. Vou levar vantagem nisso? Não? Passo a bola pra outro. Desde que me entendo por política é assim. Mas na sociedade também não é diferente. Fala-se muito na mudança de um país; mas fiquei pensando: Quem compõe um país? Obviamente, que pessoas. Então quando se diz que um país tem que mudar, são as pessoas; e isso começa em casa, na escola, na rua, no dia-a-dia.


Amo meu país, minha terra. Orgulho-me de ser brasileiro e creio que todos nesse ponto concordam comigo. Se soubéssemos usar tudo que temos, seriamos um país com referencia mundial, e se não “um” entre as grandes potencias. Mas politicamente falando, somos uma vergonha, vergonha mesmo. Faço uma observação dessa política, antes e depois. Veremos que transitamos por uma faca de dois gumes e não sabíamos. Antes nos foi prometido algo surreal, e acreditamos (felizmente não votei por estar fora de minha jurisdição), mas fui lá e prestei meu papel como eleitor e justifiquei. Mas isso não me exima do fato de vir a cobrar por mudanças. Os gladiadores duelavam cada um mostrando mais suas habilidades pessoais de ataque e de defesa do que habilidades de quem sabia ser um bom administrador das coisas referentes ao país. Mas o depois é que me surpreendeu. Por que o acusador que falou, fez e aconteceu quando tomou posse, faz aquilo que jurou não fazer. Mas uma vez volto a dizer. (Falta de caráter político). Mentiu para o povo, mentiu para o seu eleitorado. E assim foi sempre nessa nossa política brasileira. Mas não será sempre. Eu acredito que agora esse povo aprendeu a se interessar mais e a cobrar mais. Mas volto a dizer: Que esse povo mude também no seu dia-a-dia. Assim teremos um país mais justo.


O que me deixa com indignação em relação aos políticos, é que muitos daqueles que nos representavam, e que até eram motivos de orgulho, hoje nos choca e nos entristece. Quando um político rouba, ele está roubando a nação, um país, sua pátria, sua dignidade, seu caráter, sua conduta, ou seja: Ele joga tudo no lixo. Esquece-se de quem o elegeu, se esquece daquele doente no hospital. Não se lembra das crianças, futuro de nosso país, quando seu roubo lhes tira um ensino melhor. Rouba o desenvolvimento de um país, e de uma nação. A prova está ai. Mas o mais cruel disso tudo é quando nós cidadãos de bem temos que a contra gosto ter que repor o que foi roubado e que por direito era nosso. Quando um dinheiro é gasto numa má gestão, podemos até compreender, mas quando não é esse o caso, nos causa revolta e indignação, porque fomos roubados e quem roubou estava ciente de tal fato de maneira que considero a maior das traições para com o povo. Isso por si só já mostra o caráter dessa pessoa e nos revela sua intenção. O povo sempre foi traído, enganado, surrupiado e pior, mandam a conta do roubo para que nós, humildes cidadãos com esforços reponhamos como se nada tivesse acontecido, como se fosse tudo isso norma.

Mas como tudo nunca foi e nem será oculto, a farsa veio a tona, e a face de cada um, inocente ou não veio a ser revelada. Agora, que cada cidadão faça sua ficha criptografia e marque todos eles e guarde, para que numa próxima eleição esses não voltem nunca mais ao poder.


Por Guilherme Jaber



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