Semana passada com a morte de Marco Archer, acabei escrevendo três artigos sobre o assunto. Recebi várias críticas tanto positivas quanto negativas.
De primeiro momento escrevi não defendendo o camarada, porque quem é pego com 13 quilos de cocaína, me desculpe, mas por mais legal e bonzinho de o cara seja, pra mim é traficante. No meu primeiro artigo expressei minha opinião para que não houvesse execução, mas que convertesse sua pena em perpetua.
Depois escrevi um segundo artigo onde tracei o perfil desse que seria o primeiro brasileiro a ser morto e certamente entraria para a história de forma negativa. Com o passar dos dias e chegando o momento do dia D, a internet já estava abarrotada de posts. Todo mundo falava o que bem queria. Havia muita bobagem escrita, e algumas com seriedade. Eu me enveredei na segunda opção, para colher maiores detalhes.
Foi então que achei uma matéria de uma entrevista na coluna de Luis Nassif com Rogério Paez, mas a autoria é de Roberta Pennafort. Paez conheceu Marco na prisão, mas acabou sendo solto porque com ele foi pego somente 3,8 gramas de haxixe, ou seja: Só para consumo. Mesmo assim esse indivíduo cumpriu oito anos de prisão dos quais cinco passou ao lado de Marco.
Mas o que me chamou a atenção, foi o fato de na entrevista ele dizer o seguinte:
“O estado de espírito do carioca era oscilante. Por vezes, refugiava-se na metanfetamina, droga sintética que comprava de guardas corruptos, para escapar da realidade”.
Como assim? O cara ia ser morto por ter transportado drogas, e na prisão ele comprava elas dos guardas corruptos? No inicio achei que a lei daquele país fosse justa em sua aplicação, mas depois dessa entrevista confesso que fiquei decepcionado. Não sou a favor nem exerço apologia ao crime seja ele de que maneira for. Mas diante dessa afirmação eu não achei justa a execução de Marco Archer. Se o sistema é corrupto, então em parte é ele próprio que alimenta o fato de outras pessoas se aventurarem a levar drogas; porque se esse sistema corrupto abastece uma prisão, certamente abastece em outros locais. Pergunto: E aí? Nada acontece? “Paez não se conforma com as contradições da Indonésia quanto à venda e uso de drogas.
“Nada na Indonésia faz sentido. Quem vende a droga é a polícia. Na maior boate de Bali te oferecem ecstasy. Na cadeia, tem todas as drogas. E, se o preso tiver dinheiro, pode conseguir de tudo”.
O CORREDOR DA MORTE.
"O caso do Marco (tráfico de drogas) foi um crime não-violento. Nós somos contrários à pena de morte em qualquer situação, mas, no caso dele, chama a atenção essa desproporção", disse o assessor de direitos humanos da Anistia Internacional, Maurício Santoro, à BBC Brasil.
De fato a mensagem que deixo é essa: Que o ser humano valorize sua vida cada dia mais. Viva como se hoje fosse seu último dia. Viva com alegria e com amor ao próximo. Porque viver é muito bom e com liberdade melhor ainda.
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