Nas artes cênicas, atuou em grandes espetáculos tais como: “O Círculo de Giz Caucasiano” de Bertold Brecht - “O Homem Imortal” de Luiz Alberto de Abreu – “Rei Lear e Comédia dos erros” de W. Shakespeare, entre outros. Participou de produções teatrais nas peças: “A Família Addms” de Cássia Barros e “O Presidente exige mais bonecos” de Kadu Pinheiro e renomados festivais de teatro como “Isnard Azevedo” em Florianópolis.

Fez grandes cenários para Cia de Dança “Jaime Arouxa” e curtas para cinema, entre eles: “Por dentro de uma gota d’água” de Felipe Bragança e Marina Meliande, onde fez cenografia com Clara Meliande e Gustavo Bragança; - “Crianças” de Pedro Modesto e “Um dia, Um Jardim” de Mônica Brito. Como design, fez um belíssimo troféu para premiação de melhores atores teatrais no ano de 2001.

05 dezembro 2014

Cidade Sem "CULTURA" é Uma Cidade Morta.





Referir-se a uma cidade é referir-se a pessoas. Uma cidade sem cultura é uma cidade morta. A cultura induz o jovem a pensar, criar, interagir, imaginar, a ser capaz. A cultura num todo abre portas, trabalha a timidez, permite sonhar, e mantém viva a imaginação artística que cada indivíduo carrega em seu interior. Todos nós seres humanos somos artistas, alguns conseguem descobrir seu talento e outros não. Quando me refiro à cultura, não me prendo a uma classe, mas englobo-a como um todo. Uns desenvolve aptidão para pintura, outros para artesanato, outros para leitura etc e etc e por ai vai.

Os jovens de hoje continuam sendo como nós em nossa época, o que falta então para que eles desenvolvam hábitos culturais positivos que possam elevar tanto o interesse como o realizar? Vontade própria. O jovem tem de querer, tem que desejar, isso é voluntário em cada um. Um jovem sem ambição se torna perdido, confuso e sem perspectiva. A cultura em um todo, transforma o jovem, abre sua mente e revela um mundo mais colorido, um mundo mais belo.

Em um evento que fiz em determinada data ocorreram uns episódios que me deixou preocupado, primeiro: um jovem me perguntou quanto custava meu livro. Cada ser humano tem uma forma de pensar, eu, por exemplo, quando vou comprar um livro, primeiro quero saber do seu conteúdo, quem o escreveu e em que circunstancia, enfim se o livro é um bom livro, daí procuro saber o seu valor e se tiver dentro do meu orçamento eu o compro se não, eu o listo como uma futura aquisição. Mas enfim quando disse o valor ao jovem que estava rodeado por alguns outros de sua faixa etária, ele prontamente fez uma matemática contando em seus dedos e me respondeu que com o valor cobrado ele podia comprar sete cervejas. Eu respondi que ele ficasse a vontade, mas ironicamente sugeri que ele em vez da cerveja comprasse uma calculadora.

Em outro episodio me chegou um jovem e perguntou se eu vendia pinga (cachaça) eu disse que onde ali ele estava vendo algo parecido, mas sua resposta foi rápida.

— ô sô, cê tem que vender é pinga, vai rachar de ganhar dinheiro.

Restou-me dar discretamente uma risada. Esses nem se deram o trabalho de pegar em meu livro, folheá-lo, ler algumas linhas, enfim... houve tantos outros comentários que nem vale a pena citar, são episódios que me entristece como escritor, saber que os jovens em sua grande maioria estão longe de se tornarem amantes de uma boa leitura, preferem um mundo superficial, sem imaginação, sem ter que perder tempo, (assim pensam eles). Mas perda é quando deixam de fazer aquilo que os enriquecem, seja uma boa leitura, ou seja, qualquer outra coisa que culturalmente possa elevar suas mentes e abrir ou ampliar seus horizontes.

Os jovens precisam de incentivos positivos para que eles venham a ter interesse cultural. Precisamos ler mais, precisamos voltar a era do livro, onde cada linha lida remetia a uma emoção, a uma imaginação, a criação de um mundo, de um universo interior que somente um livro pode remeter. Os jovens precisam do mundo moderno, mas não podem deixar como muitos dizem: o mundo arcaico morrer. A leitura tem que ser um hábito diário, cotidiano, ninguém perde com isso e o vitorioso acaba sendo não o leitor, mas a sociedade.



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